Freud e a Psicanálise
Sigmund Freud, neurologista austríaco, considerado o fundador da psicanálise. Com o objetivo de tratar desequilíbrios psíquicos, a psicanálise utiliza dois métodos fundamentais: a investigação e a terapia.
No final do século XIX, despertou em Freud o interesse por distúrbios mentais que na altura eram conhecidos por “histeria”, termo de origem do grego, hystéra, que significa útero, uma vez era frequente nas mulheres.
Freud começou a investigar sobre os mecanismos psíquicos da histeria e através da sua pesquisa, defendeu que a histeria era uma neurose, isto é, doença funcional do sistema nervoso e por isso, considerava que não era especificamente uma doença que só aparecia nas mulheres e que não tinha uma causa específica.
Desde então, Freud descobriu que este tipo de neurose tem origem em perturbações emocionais de carácter penoso, e que por isso são reprimidas, de forma a não se poder exprimir, até emergirem na consciência sob a forma de sintomas indesejáveis.
Por consequente, Freud apresenta pela primeira vez um campo da psicologia que nunca antes tinha sido explorado- o inconsciente. A descoberta do inconsciente trouxe uma revolução à psicologia. Para Freud, este conceito era considerado básico para a compreensão da psicanálise, pois apercebe-se que é no inconsciente que ficam reprimidas as recordações que pretendiam ser esquecidas.
Uma das mais importantes descobertas de Freud foi a influência da sexualidade infantil na vida de uma pessoa. Ele verificou que, geralmente, este tipo de neuroses estavam relacionados com distúrbios marcantes na vida sexual que ocorrem na infância.
A teoria de Freud não foi facilmente aceite. Só no século XX, é que os psicólogos começaram a ponderar a hipótese da existência de fenómenos psíquicos dos quais não se tem consciência.
Deste modo, começou-se a utilizar a terapia onde o paciente, em repouso, é estimulado a falar tudo que vem à sua mente (sonhos, desejos, fantasias, expectativas, bem como as lembranças da infância). Neste sentido, cabe aos psicanalista ouvir e interferir apenas quando achar necessário, assim tentando trazer para a consciência as memórias reprimidas, deduzidas a partir da livre associação.
Sofia Coelho
Sem comentários:
Enviar um comentário