domingo, 31 de janeiro de 2016

Associacionismo, reflexologia e behaviorismo

A psicologia assenta no estudo científico do comportamento (reacções observáveis), dos processos mentais e da relação entre eles. Estuda questões ligadas à personalidade, à memória, à inteligência, ao funcionamento do sistema nervoso, ao comportamento em grupo, ao prazer e à dor...
“Os psicólogos não se limitam à descrição do comportamento. Vão mais além: procuram explicá-lo, prevê-lo e, por último, modificá-lo para melhorar a vida das pessoas e da sociedade em geral.”
Wundt e o Associacionismo:

Wundt cria em 1879, Leipzig, o primeiro laboratório de psicologia experimental.
Para Wundt o objectivo da psicologia é o estudo da mente, dos processos mentais, da experiência consciente do Homem. No laboratório vai procurar conhecer os elementos constitutivos da consciência, a forma como se relacionam e associam (associacionismo). Utiliza como método a introspecção controlada, ou seja a análise interior feito pelo próprio sujeito.
Pavlov e a reflexologia:

Pavlov através de uma experiência com um cão, chegou a conclusão de que não só os animais mas também os humanos tinham reflexos inatos e que podiam desenvolver reflexos aprendidos. No decorrer desta experiência sobre os reflexos digestivos , verifica que o cão salivava não só quando via o alimento - reflexo inato - , também perante outros sinais com eles associados, como, por exemplo, os passos do tratador e o som da campainha. Designou este comportamento por reflexos condicionados.
Pavlov vai explicar os processos de aprendizagem, destacando-se o estudo sobre a aquisição da linguagem.
Watson e o Behaviorismo:

Watson é o pai da psicologia behaviorista. Para este, a psicologia deveria estudar o comportamento do ser humano desde o seu nascimento até à sua morte. O estudo do comportamento consiste em estabelecer  relações entre os estímulos (conjunto de excitações que agem sobre o organismo) e as respostas que deles advêm. Não nega a existência da consciência, nem a possibilidade de o indivíduo se auto-observar. Mas acredita, que a análise dos estados de espírito, bem como a procura das suas causas, só pode interessar ao sujeito no âmbito da sua vida pessoal. Watson, acha que se pode estudar diretamente o comportamento observável, isto é, a resposta de um indivíduo a um dado estímulo do ambiente.
O psicólogo tenta decompor o seu objecto – o comportamento – nos seus elementos e explicá-los de forma objetiva. Deve recorrer ao método experimental.


Marta Melo 12ºB

sábado, 30 de janeiro de 2016

A unidade funcional do cérebro


O ser humano define-se por uma multiplicidade de características que o distinguem de todos os outros animais. O seu organismo é constituído por um conjunto de órgãos, organizados em sistemas, que se relacionam entre si e com o meio: sistema respiratório, circulatório, nervoso, endócrino, etc. De entre todos os órgãos, destaca-se o cérebro pelo conjunto de funções que domina e coordena.

O desenvolvimento da neurociência tem vindo a mostrar que os princípios básicos que regem o modo como o cérebro funciona são dois: especialização e integração.

Especialização: o cérebro não funciona como um todo indiferenciado, havendo áreas funcionais responsáveis por aspetos específicos do comportamento. Mover a mão, percepcionar a cor, ouvir sons ou sentir o frio e o calor dependem de centros nervosos especializados.

Integração: funções complexas como a linguagem, a aprendizagem e a memória, o raciocínio ou a imaginação, envolvem a interação de várias áreas do cérebro. Apesar da especialização de subsistemas cerebrais definidos, o cérebro atua como um todo unificado, Quando se diz que há uma unidade funcional do cérebro, isto significa que a atividade cerebral resulta da atuação coordenada dos diferentes sistemas e subsistemas.






Grande parte dos processos inicia-se nos órgãos do sentido, que captam as informações do meio(mecanismos de receção).Estas informações são interpretadas e tratadas pelo sistema nervoso, que coordena, processa e determina as respostas aos estímulos que receberam(mecanismos de coordenção). São, sobretudo, os músculos e as glândulas que efetuam as respostas(mecanismos de reação).




O sistema nervoso central(SNC) é constituído pela espinal medula e pelo encéfalo. A espinal medula encontra-se no interior da coluna vertebral e o encéfalo na caixa craniana. Todos os nossos comportamentos são controlados por estas duas grandes estruuras. Estruturalmente, a espinal medula é um polongamento do cérebro, desempenhando duas funções fundamentais: de coordenação e de condução.
O encéfalo é constituído por um conjunto de estruturas especializadas que funcionam de forma integrada para assegurar unidade ao comportamento humano.

Na prática:
A importância da espinal medula torna-se mais evidente quando ocorre uma lesão provocada por um acidente ou por uma doença: os efeitos podem ir desde uma debilidade nas extremidades do corpo até à paralisia total, à perda dos reflexos e da sensibilidade.
Se uma lesão ocorrer na parte inferior da espinal medula, a pessoa fica paraplégica (não controla os movimentos dos órgãos da cintura para baixo); se for na parte superior, fica tetraplégica, só podendo mover a cabeça.









Marta Melo 12ºB


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Princípio da incerteza

O princípio da incerteza de Heisenberg

Para efetuar qualquer tipo de medição é necessário interagir com aquilo que pretendemos medir.
Por melhor que sejam os aparelhos de medição, haverá sempre uma possível diferença entre a medida que obtemos e a medida real. Por exemplo, se usarmos uma régua graduada em centímetros, não conseguimos saber os milímetros exatos daquela medida.

A possível diferença entre o valor que obtemos e o valor real é denominada de incerteza.

No final da década de 1920, Heisenberg formulou o chamado princípio da incerteza. De acordo com este princípio, é fisicamente impossível medir a posição exata e o momento linear exato de uma partícula. O ato de fazer uma medida perturba outra medida.

Werner Heisenberg(1901-1976), de nacionalidade alemã venceu o nobel da física em 1932.

Quando começamos a lidar com corpos muito pequenos, como os eletrões, determinar valores como posição e momento torna-se uma tarefa ainda mais complicada.

Como saber a posição de um eletrão?

Podemos lançar contra ele um feixe de luz com alguns fotões(partículas de luz) e ao recebê-los novamente, calcular onde este se encontra.
Se tentarmos porém determinar a quantidade de movimento da mesma forma, vamos alterar a quantidade de movimento original com os fotões que lançamos. Pode-se então criar uma cuidadosa experiência para tentar calcular o momento do eletrão. A Quantidade de Movimento da partícula necessária para esse cálculo muda a posição do eletrão de modo que não conseguimos descobrir a posição com boa precisão.
Resumindo, quanto maior a precisão com que medimos a posição menor a precisão com que mediremos o momento e vice-versa. A isso chamamos de Princípio da Incerteza de Heisenberg.

Essa incerteza não se deve aos aparelhos que usamos, mas a própria natureza das partículas. Segundo as leis da Mecânica Quântica, quanto mais fácil for para encontrar uma partícula maior o momento necessário para interagir com ela, o que torna mais difícil determinar a sua Quantidade de Movimento. Algo parecido ocorre se conseguirmos determinar o Momento com precisão e tentarmos descobrir a posição.

Em suma, podemos dizer que não há nenhuma ciência que seja absolutamente exata!




Marta Melo 12ºB

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Ivan Pavlov
 Ivan Petrovich Pavlov foi um fisiólogo russo.
Foi premiado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904, por suas descobertas sobre os processos digestivos de animais.Pavlov veio no entanto a entrar para a história por sua pesquisa em um campo que se apresentou a ele quase que por acaso: o papel do condicionamento na psicologia do comportamento (reflexo condicionado).
   Na década de 1920, ao estudar a produção de saliva em cães expostos a diversos tipos de estímulos palatares, Pavlov percebeu que com o tempo a salivação passava a ocorrer diante de situações e estímulos que anteriormente não causavam tal comportamento (como por exemplo o som dos passos de seu assistente ou a apresentação da tigela de alimento). Curioso, realizou experimentos em situações controladas de laboratório e, com base nessas observações, teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento clássico.
   A ideia básica do condicionamento clássico consiste em que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados, ou seja, são inatas em vez de aprendidas, enquanto que outras são reflexos condicionados, aprendidos através do emparelhamento com situações agradáveis ou aversivas simultâneas ou imediatamente posteriores. Através da repetição consistente desses emparelhamentos é possível criar ou remover respostas fisiológicas e psicológicas em seres humanos e animais. Essa descoberta abriu caminho para o desenvolvimento da reflexologia e psicologia comportamental e mostrou ter ampla aplicação prática, inclusive no tratamento de fobias e nos anúncios publicitários entre outras aplicações da medicina e ciências cognitivas.
Margarete Andrade

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O cão do Pavlov

O comportamento pavloviano, ou condicionamento clássico, baseia-se no binónio estímulo-resposta e descreve a forma como esta dualidade influencia o comportamento dos seres vivos. Ivan Pavlov, um fisiólogo russo, dedicou-se ao estudo dos reflexos condicionados. Para descobrir como estes eram adquiridos Pavlov criou uma experiência cujo seu objeto de estudo era um cão e a sua salivação. O que tem isto a ver com reflexos condicionados? Para responder a essa questão temos primeiro de observar que os cães salivam naturalmente por comida. Nesta experiência o estímulo era a comida e a reação era a salivação do cão quando a via. O fisiólogo considerou este estimulo e reação incondicionados e por isso um reflexo incondicionado. De seguida adicionou-se um estimulo neutro, ou seja, um estimulo que não provocava qualquer tipo de reação. Neste caso foi usada uma campainha. Associando repetidamente um estimulo incondicionado (comida) e um estimulo neutro (som da campainha) Pavlov conseguiu observar que após algum tempo era possível obter uma resposta ao estimulo neutro mesmo sem a presença do estimulo não condicionado. Isto significa que este comportamento foi uma resposta condicionada, ou seja, baseada numa aprendizagem.
Esta experiência foi muito importante pois provou a existência de comportamentos condicionados (aprendidos) e foi a base do behaviorismo de John B. Watson.

Regina Peixoto nº20 12ºA

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

"A psicologia é uma ciência com um longo passado, mas uma curta história"

Hermann Ebbinghaus nasceu na Alemanha a 24 de janeiro de 1850 e faleceu a 26 de fevereiro de 1909. Foi o primeiro autor na psicologia a desenvolver testes de inteligência. Foi aluno de Wilhelm Wundt.

Hermann Ebbinghaus teve um grande contributo para a psicologia. Esta contribuição assenta-se em dois pontos:
Iniciou no século XIX as primeiras investigações sobre a memória. Foi o primeiro a testar a memória experimentalmente, bem como o primeiro a demonstrar que a memória podia ser estudada cientificamente.
Um segundo ponto refere-se ao facto do autor ter utilizado sílabas non-sense na aprendizagem e em pesquisas sobre a memória. Estas sílabas foram muito utilizadas pelo
autor e muito determinantes para estudar a memória.

Após ter falado um pouco da biografia de Hermann, gostaria de comentar a sua célebre frase: "A psicologia é uma ciência com um longo passado, mas uma curta história"

A psicologia possui um longo passado,uma vez que esteve sempre presente nas nossas vidas. Com o passar do tempo, o Homem teve a necessidade de reflectir sobre questões relativas à sua natureza com o objetivo de se compreender melhor, de saber o porquê da sua existência, de ter consciência e percepção da sua realidade de tudo o que o rodeia, ou seja, desde cedo despertaram no ser humano interrogações acerca dos mistérios da sua mente e enigmas do seu comportamento. Deste modo, foram desenvlovendo os primeiros filósofos e pensadores, sendo este o ponto de partida para o aparecimento e expansão da filosofia. O desenvolvimento da filosofia desencadeou o aparecimento da psicologia(um dos ramos da filosofia) .É aqui que nos percebemos o porquê de a psicologia ter uma curta história,pois foi apenas no século XIX que a psicologia se afirmou como ciência independente e autónoma da filosofia e adotou um método científico. Foi Wilhelm Wundt o principal responsável por esta libertação da psicologia, criando o primeiro laboratório experimental de psicologia. A partir deste marco histórico, a psicologia  apareceu como ciência.
Podemos concluir que a Psicologia possui um longo passado de questões relativas à mente e comportamento humano, contudo uma curta histórias de respostas científicas que esclarecem essas questões.

Carlos Freitas                                                                             12ºA

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

associacionismo de wundt

Wilhelm Wundt é considerado o fundador da psicologia moderna,por ter criado em 1879 na universidade de Leipzig,na Alemanha, o primeiro laboratório de psicologia...este acontecimento permitiu que a psicologia se tornasse  uma ciência independente da filosofia e também permitiu que se desenvolvesse de forma sistemática as investigações em psicologia,a partir de vários autores que se dedicaram a esta ciência, criando e desenvolvendo várias escolas e teorias.
associacionismo defende que o objecto de estudo da psicologia é a experiencial consciente, e que a mente e a consciência são realidades semelhantes,pois a consciência é a soma de experiências vividas num determinado momento, e a mente como a soma de experiências, acumuladas ao longo da vida..podemos dizer que a consciência é composta por três estados elementares:
-As sensações--elementos básicos da percepção,ocorrem nos sons,visões, e em outras experiências provenientes de elementos físicos do ambiente.
-As imagens--elementos de ideias, e remetem para as experiências não necessariamente presentes no momento,assim como a lembrança de uma experiência passada.
-Os sentimentos--elementos do carater emocional presentes em experiências como o a felicidade a tristeza...

trabalho realizado por: Francisco Machado, 12ºB

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Processos Mentais

O que são os processos mentais?


Em relação aos processos mentais estes estão relacionados a mente humana (cérebro), são processos mentais conscientes e/ou inconscientes e subdividem-se em processos mentais cognitivos (ex: raciocínio, conhecimento, lógica, aprendizagem, memória), processos mentais emocionais (ex: emoção, sentimentos) e ainda me processos mentais conativos (ex: motivação, esforço, vontade, desejo, querer).


A questão que se coloca quando se fala em processos mentais é: o que é a mente? Como definir mente humana?

Esta questão ainda continua a ser um grande enigma para muitos apesar de ter sido uma questão intensamente abordada por vários filósofos no passado. 

Muitos associam a mente a alma, ou seja é algo que possui de alguma forma um carácter inerente (específico) e que permuta mesmo após a nossa morte.   
Durante muito tempo a mente foi associada ao raciocínio, à produção de sentimentos, emoções. Esta explicação da mente foi sofrendo alterações ao longo do tempo uma vez que nem todos os processos mentais são por obrigação conscientes, podem também ser inconscientes.

Como introdução, os processos mentais interagem com a nossa vida em três grandes dimensões, por outras palavras, ligam-se ao nosso saber ao sentir e ao fazer.

 Estes processos surgem no momento em que nós nascemos para conseguirmos estabelecer relação entre a realidade física e social. 

Dos processos mentais o primeiro é o cognitivo que está relacionado com o saber, com o conhecimento, utilizando sempre a informação do meio interno e externo. Dos processos cognitivos o mais relevante é a aprendizagem que é a capacidade que diariamente precisamos para responder de forma adequada ás diferentes solicitações e desafios que nos colocam em interacção com o meio.  

Em segundo lugar, temos os emocionais que correspondem à interpretação das relações que temos com as pessoas. Em relação a este processo mental surge a emoção que é uma reacção complexa de a estímulos externos e também a internos, que se traduz em reacções fisiológicas comportamentais, cognitivas afectivas, sentimentais e ainda em expressões faciais. 

Por fim, temos os conativos que são entendidos como um conjunto de processos que se ligam á execução de uma acção ou comportamento , os processos através dos quais se forma as inquietações, as tendências, as vontades e as intenções para agir ou por em pratica. 

José Silva nº 18 12ºA


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016


 Burrhus Frederic Skinner


Burrhus Frederic Skinner, eminente psicólogo norte-americano, nascido em 1904. Lecionou nas Universidades de Harvard, Indiana e Minnesota.
Para além da sua carreira como psicológo, Skinner publicou vários livros  entre os quais,"Behavior of Organisms"(1938), "Science and Human Behavior"(1953) e "Verbal Behavior"(1957).
B.F. Skinner conduziu um trabalho pioneiro no campo da psicologia experimental e foi um dos defensores do behaviorismo. O behaviorismo delimita o seu estudo ao comportamento, sendo este um conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos.
Ninguém levou tão longe a crença na possibilidade de controlar e moldar o comportamento humano como o B.F Skinner.
Influenciado pelos trabalhos de Pavlov (cientista russo que realizou trabalho sobre o comportamento condicionado) e de Watson (que foi o primeiro psicólogo Behaviorista reconhecido), Skinner passou a estudar o comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da psicologia da aprendizagem que levaram a criar os métodos de ensino programado, métodos estes que não necessitam da intervenção direta do professor e que são aplicados através de livros ou até mesmo de máquinas.
Dedicou-se durante anos em atividades que envolviam experiências práticas com animais como pombos e ratos. Para realização dessas experiências Skinner inventou um aparelho-designado por caixa de Skinner- onde observava os animais de laboratório e suas reações a diversos tipos de estímulos.
Burrhus Skinner morreu no dia 18 de agosto de 1990, a causa da sua morte foi uma doença terminal (leucemia).



                                                                            Sofia Coelho