sábado, 14 de novembro de 2015

PARADOXO DA EXISTÊNCIA

      Não sendo crente deparei-me com uma questão: agora que percebi que não foi Deus que criou o homem mas sim o homem que criou Deus, caí num paradoxo, o paradoxo da existência e do sentido da vida, afinal de contas sem religião para nos guiar ficámos num estado um pouco devastador,isto é, deixa de existir vida depois da morte e espírito para além do corpo...?
      De onde vimos? Para onde vamos? Porquê eu,aqui e agora? E se quando morrermos, acordarmos? Será que existe vida noutras partes do universo? será que o nosso universo não é o único? Será que estámos perdidos numa dimensão espacio-temporal? será que não somos mais do que uma conbinação de átomos,moléculas e iões? São estas e muitas outras as perguntas que nos dominam às quais as respostas são meras perguntas talvez ainda mais complexas do que as antecedentes.
      Contudo, provavelmente , numa visão livre da ignorância que pode ser a religião, o segredo da vida está em aprendermos mais sobre nós próprios para depois compreender o mundo que nos rodeia, afinal o ser humano é o animal que mais têm consciência da sua morte portanto aquilo que eu penso é que devemos viver uma vida levada ao máximo, fazer aquilo que nos dá prazer, aproveitar os aspetos bons da vida em vez de darmos tanta importância a criticar as atitudes dos outros.
      Perguntaram ao Dalai Lama:
      - O que mais te surpreende na Humanidade?
      E ele respondeu:
      - Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
      E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.
      Assim sendo, para mim o sentido da vida é que devemos ser a melhor versão de nós próprios, não sermos materialistas pois mais tarde ou mais cedo todos vamos morrer e como não há vida depois da morte a única coisa para além da morte que podemos deixar é a ideia da nossa pessoa que ficou nos cérebros das outras pessoas, deixar a nossa marca, e por fim em vez de tentarmos desesperadamente ter aquilo que não temos, amemos aquilo que temos que é uma vida, um lugar para a viver e seres humanos para nos acompanhar.
      Bruno Guimarães

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