terça-feira, 3 de maio de 2016

Cérebro humano e os seus processos

O desenvolvimento cerebral do Homem acontece muito mais lentamente do que em qualquer outro ser vivo. Da mesma forma, o desenvolvimento cerebral acontece muito mais lentamente do que o de qualquer outro órgão.
Do mesmo modo que é a prematuridade/neotenia do ser humano que lhe permite aprender e adaptar-se ao meio, é também o carácter embrionário do cérebro que permite a adaptação biológica do homem, mesmo no estado adulto. O carácter imaturo do cérebro humano mantém-se durante toda a vida, de maneira que continuem a ocorrer modificações sináticas e renovação de neurónios, essenciais à adaptação.
Então, podemos afirmar que é a lentificação do desenvolvimento cerebral que permite a individuação, ou seja, que permite que não existam 2 cérebros iguais. O cérebro pode apresentar múltiplas configurações, sendo diferente até entre gémeos.
O processo de individuação – distinção/ criação do indivíduo único, ultrapassa a pré-programação genética e deixa-se influenciar por experiências do meio desde o útero até à morte.

No ser humano, há lugar para a variação individual, paralelamente às instruções genéticas.


O cérebro é um órgão maleável que se modifica consoante as experiências, as perceções, as ações e os comportamentos. Assim, a relação entre o indivíduo e o meio produz modificações cujo único objetivo é melhorar a adaptação e evoluir na aprendizagem.
A plasticidade cerebral é a capacidade do cérebro se remodelar em função das experiências do sujeito, em reformular as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente. As redes neuronais modificam-se em função das experiências vividas e é esta plasticidade fisiológica que permite a aprendizagem ao longo da vida.


Contudo, apesar de estar dividido em zonas com funções específicas, o cérebro trabalha como 

um todo, ou seja, como uma rede funcional. Assim, todos os fenómenos de aprendizagem, 

linguagem, memória, etc, são dependentes do funcionamento integrado de várias áreas 

corticais. Assim, o cérebro funciona de uma forma sistémica porque é constituído por um conjunto de elementos em que as componentes especializadas são interdependentes e funcionam, de forma integrada. É um todo, um sistema unitário que atua de forma interativa e autónoma.


Marta Melo 12ºB

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