Aprendizagem Não Associativa
É pela aprendizagem não associativa que aprendemos a
selecionar os estímulos a que devemos e não devemos dar importância. Existem
duas formas de aprendizagem não associativa: por habituação e sensitização.
A aprendizagem não associativa por habituação consiste na
diminuição da tendência para responder a estímulos que se tornam familiares.
Aqui, conseguimos ignorar estímulos conhecidos (não portadores de informação
nova), o que nos vai ajudar a ter maior capacidade de adaptação para novas aprendizagens.
Por exemplo, quando tentamos mergulhar pela primeira vez de
uma prancha alta, podemos sentir receio, vertigens ou insegurança. Porém, à
medida que repetimos este ato e ele vai-se tornando familiar, as reações vão
diminuindo cada vez mais as reações até estas se tornarem inexistentes e o ato
de mergulhar passe a ser completamente normal.
Na outra forma de aprendizagem, a sensitização, aprende-se a
identificar um estímulo ameaçador ou prejudicial. É através da sensitização que
todos os animais aprendem a apurar os seus reflexos para se prepararem para a
defesa ou para a fuga.
Por exemplo, uma pessoa que se assusta com o disparo de uma
pistola vai reagir mais ativamente do que o normal a qualquer ruído nos minutos
após o disparo.
Enquanto a habituação se refere às características de um
estímulo positivo, a sensitização refere-se a um estímulo ameaçador.
Considerámos a habituação e a sensitização como duas formas
de aprendizagem não associativa, porque o indivíduo aprende as características
de um só tipo de estímulos.
Sofia Coelho
Sem comentários:
Enviar um comentário