quarta-feira, 1 de junho de 2016

Aprendizagem Não Associativa
  
  É pela aprendizagem não associativa que aprendemos a selecionar os estímulos a que devemos e não devemos dar importância. Existem duas formas de aprendizagem não associativa: por habituação e sensitização.

  A aprendizagem não associativa por habituação consiste na diminuição da tendência para responder a estímulos que se tornam familiares. Aqui, conseguimos ignorar estímulos conhecidos (não portadores de informação nova), o que nos vai ajudar a ter maior capacidade de adaptação para novas aprendizagens.

  Por exemplo, quando tentamos mergulhar pela primeira vez de uma prancha alta, podemos sentir receio, vertigens ou insegurança. Porém, à medida que repetimos este ato e ele vai-se tornando familiar, as reações vão diminuindo cada vez mais as reações até estas se tornarem inexistentes e o ato de mergulhar passe a ser completamente normal.

  Na outra forma de aprendizagem, a sensitização, aprende-se a identificar um estímulo ameaçador ou prejudicial. É através da sensitização que todos os animais aprendem a apurar os seus reflexos para se prepararem para a defesa ou para a fuga. 
  
  Por exemplo, uma pessoa que se assusta com o disparo de uma pistola vai reagir mais ativamente do que o normal a qualquer ruído nos minutos após o disparo.

  Enquanto a habituação se refere às características de um estímulo positivo, a sensitização refere-se a um estímulo ameaçador.


  Considerámos a habituação e a sensitização como duas formas de aprendizagem não associativa, porque o indivíduo aprende as características de um só tipo de estímulos.


                                                                                    Sofia Coelho

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